E Deus um dia disse: "Encham-se as águas de seres vivos”. Agora, o código determina: “que no navegador pululem criaturas sem vida”. “Gênese de Estranhos Seres sem Vida” apresenta a concepção e geração de uma série de criaturas extravagantes e meio disformes pela ação de um sopro miraculoso. Presenciamos seu surgimento e acompanhamos cada etapa de seu crescimento. Elas não têm vida, mas algo como a morte as arrebata após algum tempo, o que dá lugar para que outro ente sem vida surja. O projeto foi desenvolvido em JavaScript, com o uso da biblioteca do p5.js, com o auxílio de ferramentas de IA, e consiste no processamento sincrônico de um algoritmo que simula o espaço tridimensional. No centro do canva surge uma esfera com uma cor aleatória. A partir daí, começa um processo inspirado na mitose celular, em que essa forma inicial vai se multiplicando exponencialmente. Ao longo do processo, acontece a incidência de mutação em certas propriedades daquela esfera original: cor, tamanho e transparência podem passar por alterações — a partir de probabilidades estabelecidas em código —  em suas novas duplicações. Isso possibilita a existência de “diferenciação celular” e produz variabilidade e especialização às diferentes partes desse corpo que toma forma. Aos poucos, uma porcentagem das esferas perde a capacidade de se multiplicar, criando um crescimento ramificado. Algum tempo após a criatura atingir a maturidade, o sistema entra num processo de "morte", antes que aconteça um reset no programa e um novo ser seja criado.